BOLETIM DA DIRECÇÃO GERAL DOS EDIFÍCIOS E MONUMENTOS NACIONAIS. N.º 86: CASTELO DA LOUSÃ. [LISBOA]: DIRECÇÃO GERAL DOS EDIFÍCIOS E MONUMENTOS NACIONAIS, 1956. (COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO DE GRAVURAS E TEXTO NAS OFICINAS DA «MARÂNUS» EMPRESA INDUSTRIAL GRÁFICA DO PORTO, L.DA). DE 26X20CM. COM 32 PÁGS. [TEXT] & 13 FLS. [ESTAMP], [11] FLS. DESD. PLANTAS. B.
Fonte riquíssima de informações sobre o Castelo de Arouce, também conhecido como Castelo da Lousã a partir do século XVI, foi construído em posição dominante, no topo de um monte escarpado na margem direita do rio Arouce.
Apesar das muitas lendas que envolvem o castelo e a região, pouco sabemos de forma absolutamente segura. O que parece poder comprovar-se é que Arouce [Arauz] já existia em 943, ano em que foi assinado um contrato entre o Abade do Mosteiro de Lorvão e o Moçárabe Zuleima Abaiud. Desconhece-se se a construção do Castelo data desta época. O que sabemos seguramente é que D. Sesnando Davides, a quem Fernando Magno, após conquista definitiva de Coimbra em 1064, entregou o governo de todo o território a sul do rio Douro, teve em Arouce uma intervenção profunda: povoando a região, como ele próprio afirma no seu testamento, e na definição do castelo, pelo menos ao nível de melhoramentos, facto que uma análise cuidada comprova.
O trabalho permite igualmente acompanhar as linhas de orientação seguidas no restauro deste monumento nacional promovido pela DGEMN nos meados da década de 50 do século XX.
O Boletim organiza a informação em quatro partes perfeitamente distintas. Inicia com uma “Notícia Histórica”, que dá conta do contexto histórico-artístico de Conímbriga; a segunda parte intitulada “Antes da Restauração” procura definir a época original da construção do monumento e quais as características que o mesmo teria; “A Restauração” é o título da terceira parte e como indica o nome, são enumerados os trabalhos realizados de um modo condensado.
O Boletim termina com uma secção dedicada às “Estampas”, onde são mostradas diversas peças gráficas do monumento. São apresentadas plantas dos diversos alçados, algumas em folha desdobrável de grandes dimensões e ainda rigorosas, artísticas e belíssimas fotografias, de pormenor e de grande plano, impressas sobre papel couché que procuram mostrar o antes, o durante e o depois das obras de restauro. Por fim importa referir que não se encontram ao longo dos textos quaisquer referências aos seus autores.
Nota: capa empoeirada.