BOLETIM DA DIRECÇÃO GERAL DOS EDIFÍCIOS E MONUMENTOS NACIONAIS. N.º 27: IGREJA DE SANTA MARIA DOS OLIVAIS. [LISBOA]: DIRECÇÃO GERAL DOS EDIFÍCIOS E MONUMENTOS NACIONAIS, 1942. (COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO DE GRAVURAS E TEXTO NAS OFICINAS DA «MARÂNUS» EMPRESA INDUSTRIAL GRÁFICA DO PORTO, L.DA). DE 26X20CM. COM 28 PÁGS. [TEXT] & 19 FLS. [ESTAMP], [9] FLS. DESD. PLANTAS. B.
Fonte riquíssima de informações sobre a antiquíssima Igreja de Santa Maria do Olival (também designada por Igreja de Santa Maria dos Olivais), em Tomar, templo que data, na sua origem, do século XII. Dedicada a Santa Maria, a igreja original terá sido mandada construir por D. Gualdim Pais, mestre da Ordem do Templo, com o intuito de ser a derradeira morada dos Mestres Templários, o Panteão da Ordem do Templo. Aqui foi sepultado o próprio D. Gualdim Pais, cuja morte terá ocorrido no ano de 1195, assim como o Mestre D. Gil Martins, primeiro Mestre da nova Ordem de Cristo, e o Mestre Lourenço Martins. A Igreja atual foi edificada mais tarde, em meados do século XIII. O seu estilo gótico bem definido, desde logo se destacou no panorama da arquitetura gótica nacional. A sua interessante estrutura espacial de três naves de diferentes alturas, sendo a nave central mais elevada, serviu de modelo à Igreja de São João Baptista, também na cidade de Tomar, e a outras igrejas representativas do final do período gótico português.
O trabalho permite igualmente acompanhar as linhas de orientação seguidas no restauro deste monumento nacional promovido pela DGEMN nos inícios da década de 40 do século XX
O Boletim organiza a informação em quatro partes perfeitamente distintas. Inicia com uma “Notícia Histórica”, que dá conta do contexto histórico da construção do monumento; a segunda parte intitulada “Antes da Restauração” procura definir a época original da construção do monumento e quais as características que o mesmo teria; “A Restauração” é o título da terceira parte e como indica o nome, são enumerados os trabalhos realizados de um modo condensado.
O Boletim termina com uma secção dedicada às “Estampas”, onde são mostradas diversas peças gráficas do monumento. São apresentadas plantas dos diversos alçados, algumas em folha desdobrável e ainda rigorosas, artísticas e belíssimas fotografias, de pormenor e de grande plano, impressas sobre papel couché que procuram mostrar o antes, o durante e o depois das obras de restauro. Por fim importa referir que não se encontram ao longo dos textos quaisquer referências aos seus autores. [capa escurecida]
Exemplar com dedicatória manuscrita, de oferta, da DGEMN para Norberto de Araújo, jornalista e olisipógrafo