LE GOFF, JACQUES (1983) A CIVILIZAÇÃO DO OCIDENTE MEDIEVAL. LISBOA: ESTAMPA. DE 21X14 CM. COM 308 & 384 PÁGS. ILUST. B.
Resumo das teses centrais da obra
A Idade Média não foi uma “idade das trevas”
Le Goff defende que a Idade Média foi um período dinâmico e criador, e não simplesmente um intervalo obscuro entre a Antiguidade e a Modernidade.
A sociedade medieval era profundamente religiosa
A religião estava no centro de tudo: organizava o tempo (com o calendário litúrgico), o espaço (catedrais, mosteiros) e as relações sociais. O mundo era visto sob uma lógica espiritual e simbólica.
A divisão tripartida da sociedade
A sociedade medieval organizava-se em três ordens: os que rezam (clero), os que combatem (nobreza) e os que trabalham (camponeses e artesãos). Esta visão legitimava a desigualdade social como parte da ordem divina.
O tempo medieval era diferente do moderno
O tempo era cíclico, festivo e ligado à Igreja. Só a partir do renascimento comercial e urbano (século XI) começa a surgir um tempo mais “económico” e “linear”.
O renascimento urbano e económico
A partir do século XI, há uma revitalização das cidades, do comércio e da vida intelectual (universidades, cultura escolar), abrindo caminho a mudanças estruturais na Europa.
As mentalidades como chave para entender a época
Le Goff propõe estudar a Idade Média através das mentalidades colectivas – crenças, valores, imaginário –, não apenas através de eventos políticos.
Nota importante: capas com algum desgaste e acidez, tudo mais intensos nas lombadas; cortes das folhas com manchas de acidez.