MONIZ, EGAS (1931) A VIDA SEXUAL: FISIOLOGIA E PATOLOGIA. 18ª ED. REVISTA E AUMENTADA. LISBOA: CASA VENTURA ABRANTES. DE 22X13 CM. COM XL, 598 PÁGS. ILUST. E.
A Vida Sexual: Fisiologia e Patologia (1901–1902), de António Egas Moniz, foi uma das primeiras tentativas em Portugal de sistematizar cientificamente o tema da sexualidade humana. Divide-se em duas partes — fisiologia e patologia — descrevendo o funcionamento do corpo, a reprodução e as doenças venéreas, mas também a impotência, a “frigidez” e as chamadas “perversões”. O livro teve grande difusão, várias reedições e chegou a ser considerado manual de referência, embora mais tarde tenha sido alvo de restrições do Estado Novo por tratar abertamente um assunto tabu.
Hoje, a obra é vista como um testemunho histórico mais do que como fonte médica válida. Reflete o pensamento científico e moral do início do século XX, marcado por eugenia, preconceitos de género e a tendência para patologizar comportamentos sexuais fora da norma. Por isso, a sua importância reside tanto no impacto que teve na formação médica e no debate público sobre sexualidade, como no modo como ilustra os limites e os enviesamentos da ciência da época.
Encadernação meia de pele com cantos, decorada na lombada com nervos e ferros a ouro; corte da cabeça carminado; capas preservadas.
Nota: miolo escurecido e com manchas de acidez próprias da fraca qualidade do papel; algum desgaste e outros pequenos defeitos.
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