ARMANDO ALVES: INVENTOR DE CÉUS E PLANÍCIES. TEXTOS DE JOSÉ SARAMAGO... [ET. AL.]. PORTO: MODO DE LER, 2008. COM 449 PÁGS. ILUST. E.
Uma obra monumental e de luxuosa execução gráfica, impressa em bom papel couché, que assinala os 55 anos de carreira artística de Armando Alves (1935- ). É uma espécie de viagem ao longo de mais de 50 anos de trabalho. É uma obra antológica, sujeita a uma criteriosa seleção e que se inicia em meados dos anos 50 e termina na primeira década do séc. XXI.
Textos de José Saramago, Mário Assis Ferreira, Bernardo Pinto de Almeida, Óscar Lopes e Laura Castro. Junto com o volume imprimiram os editores uma brochura, intitulada «Escrito na cal & outros lugares poéticos», que antologia testemunhos em prosa e poesia de: Amadeu Baptista, António Barbedo, António Rebordão Navarro, Diogo Alcoforado, Eugénio de andrade, Herberto Helder, Inês Lourenço, José Viale Moutinho, Luísa da Costa, Maria Alzira Seixo, Mário Cláudio, Urbano Tavares Rodrigues, Vasco Graça Moura, etc.
Armando Alves (1935- ), natural de Estremoz e consagrado artista plástico a quem José Saramago (1922-2010) chamou “Inventor de Céus e Planícies”, depois de uma fase marcada por um informalismo "matérico", partir da década de 70 influenciada pelo sentido lúdico da Arte Pop britânica, reflete o regresso à problemática do objeto. Depois, e até hoje, vêm as paisagens, sobre as quais nos diz Bernardo Pinto de Almeida, Professor Catedrático na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto. “Inabitadas e serenas, as paisagens de Armando, puros prazeres de pintor, comunica-nos haver um mundo intocado, formidável, que só o vento sabe acariciar; uma densidade magmática das pedras, a fechar-se sob o calor do sol ardente: regimes coloridos que o céu toma sob as inclinações da tarde ou, mais simplesmente, simples acontecer de algumas cores, pela influência caprichosa da luz, em registos de azul, de verde ou de amarelo.”
Cartonagem editorial, com estojo para acondicionamento.