LAGOS: ENTRE MURALHAS E TEMPLOS

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LAGOS: ENTRE MURALHAS E TEMPLOS

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ENTRE MURALHAS E TEMPLOS: A INTERVENÇÃO ARQUEOLÓGICA NO LARGO DE SANTA MARIA DA GRAÇA, LAGOS (2004-2005). COORD. CIENT. MARTA DÍAZ-GUARDAMINO, ELENA MORÁN ; TEXTOS ANDREIA ROMÃO... [ET AL.]. LAGOS: CÂMARA MUNICIPAL, D.L. 2008. DE 31X22 CM. COM 247 PÁGS. ILUST. E.

As intervenções arqueológica e antropológica no Largo de Santa Maria da Graça são um bom exemplo do modo como as duas ciências em causa, a arqueologia e a antropologia, podem contribuir para o conhecimento da história urbana. Neste caso, a história dos lacobrigenses saiu significativamente enriquecida através da crónica da ocupação do Largo de Santa Maria da Graça, em Lagos, dada a saber por intermédio de um projecto modelar da Câmara local que viabilizou um trabalho multidisciplinar responsável pela intervenção arqueológica de 8 meses no antigo cemitério de Santa Maria da Graça.

O rigor científico e o profissionalismo do trabalho de campo permitiram aceder a estratigrafias, faseamentos e cronologias absolutas que solidificaram uma boa contextualização de todo o tipo de achados. Estes, compreendendo vestígios arqueológicos e antropológicos, foram objecto de uma exaustiva análise laboratorial nas áreas da antropologia, arqueologia (incluindo exame artefactual) e conservação e restauro dos vários materiais. O corpo de informações inferido foi cruzado com factos históricos da história urbana, permitindo a recuperação de dados importantes sobre a arquitectura e mecanismos defensivos da cidade de Lagos, designadamente sobre a Muralha e a Cerca Nova, sobre as consequências locais do terramoto de 1755 e ainda a propósito do cemitério paroquial associado à antiga Igreja Matriz. Estes dados ganham maior relevância quando se atende ao papel central de Lagos na conquista do norte de África.

O estudo arqueológico da ocupação temporal e espacial do cemitério, que terá tido várias fases de utilização (do século XIV até 1867), das estelas e dos objectos associados aos esqueletos, consolidou a análise paleobiológica da série exumada.

Das 140 fossas de inumação intervencionadas foram recuperados 188 esqueletos a partir dos quais foi feita a reconstrução da vida e da morte. Os rituais funerários foram deduzidos através dos dados antropológicos de campo. Já a aproximação à amostra populacional representada agora pelos seus vestígios ósseos, foi alcançada através da avaliação do perfil biológico de cada indivíduo e ainda dos episódios patológicos que deixam a sua assinatura nos ossos. Das quase duas centenas de lacobrigenses, que viveram entre os séculos XIV-XV e XVI-XIX, obteve-se uma aproximação à sua caracterização física e demográfica e uma ideia geral do seu estado sanitário. Foram perscrutadas lesões de vários tipos, desde as da cavidade oral, às traumáticas, infecciosas e degenerativas. No todo, esta amostra, subrepresentada em termos de indivíduos não-adultos e com mais homens que mulheres, revelou dados paleobiológicos expectáveis, ou seja, os resultados obtidos enquadram-se bem com os das populações coevas.

Edição de cuidada execução gráfica, estampada em bom papel e ilustrada a cores com reprodução de desenhos, fotografias, gráficos, mapas, etc. Cartonagem editorial.

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