O ENSINO MÉDICO EM LISBOA: A PATOLOGIA E A TERAPÊUTICA CIRÚRGICAS

GENTIL, FRANCISCO (1925) O ENSINO MÉDICO EM LISBOA: A PATOLOGIA E A TERAPÊUTICA CIRÚRGICAS. LISBOA: [S.N.]. DE 27X19 CM. COM 45, [1] PÁGS. [8] PP. ILUST. B.

Índice dos capítulos: «Apontamentos sobre o ensino da Patologia cirúrgica na faculdade de Medicina de Lisboa»; «A 1ª Clínica Cirúrgica»; «A organização e o funcionamento do arquivo da 1ª Clínica Cirúrgica».

Inclui ainda estudo de Luís Simões Raposo (1898–1934) foi um médico e cientista, com o título «O Instituto Português para o estudo do Cancro»

Francisco Gentil (1878–1964) foi uma figura central da medicina portuguesa no século XX, destacando-se como cirurgião, professor universitário e reformador do ensino médico. Ocupou a cátedra de Patologia e Terapêutica Cirúrgicas na Faculdade de Medicina de Lisboa, onde introduziu uma abordagem mais prática e científica ao ensino da cirurgia, valorizando a observação clínica, a experiência operatória e o contacto directo com os doentes. Foi também o fundador e primeiro director do Instituto Português de Oncologia (1923), tendo desempenhado um papel pioneiro na organização do combate ao cancro em Portugal.

No ensino da disciplina de Patologia e Terapêutica Cirúrgicas, Francisco Gentil rompeu com métodos excessivamente teóricos e desactualizados, promovendo uma formação mais moderna, orientada para a prática hospitalar e para a investigação. A sua acção contribuiu para a profissionalização da cirurgia como especialidade médica e para a consolidação de um modelo de ensino clínico-assistencial, que ligava estreitamente a faculdade, os hospitais e os centros de investigação. A sua influência estendeu-se também à política de saúde, tendo sido Ministro da Instrução Pública, onde procurou aplicar a sua visão reformadora ao sistema de ensino superior.

Nota: capa da brochura escurecida, com algum desgaste e pequenos rasgos nas extremidades.