FREI LUIZ DE SOUSA: ROMANCE

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FREI LUIZ DE SOUSA: ROMANCE

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CÂMARA, ALBERTO FREITAS DA (1935) FREI LUIZ DE SOUSA: ROMANCE. LISBOA: EDITORIAL MINERVA. DE 18X12 CM. COM 338 PÁGS. E.

“Em 1935, Alberto Freitas da Câmara publicou o romance Frei Luiz de Sousa. Segundo escreve o autor, na "Advertência", ficou tão impressionado quando assistiu, com 14 anos, a uma representação da peça de Garrett, que procurou com afã o romance que originara a peça. Como não existia, decidiu-se ele, mais tarde, a escrevê-lo, reconstituindo o drama mas introduzindo algumas indispensáveis rectificações históricas (Garrett dispensara-se, naturalmente, da absoluta verosimilhança dos factos) e introduzindo mesmo uma personagem, o jovem Martinho da Silva, que estaria destinado a desposar D. Maria de Noronha (aliás Ana, na vida real) se esta não tivesse prematuramente falecido. Também corrige a profissão monástica simultânea no mesmo convento (de São Paulo) dos dois esposos (circunstância religiosamente inadmissível). Ana morreu muito antes dos pais terem abandonado a vida secular e não foi por causa da vinda do Romeiro (se algum romeiro chegou a regressar da Terra Santa) que se separaram Manuel de Sousa Coutinho e D. Madalena de Vilhena. Não existe qualquer prova que D. João de Portugal (sob a aparência de um romeiro, ou outra) tenha regressado do cativeiro onde teria permanecido 35 anos (e não 20, o casal professou em 1613), depois da batalha de Alcácer-Quibir. É um facto que Manuel de Sousa incendiou o seu palácio de Almada (1599), mas não exactamente por ser profundamente anti-castelhano (até recebeu mercês de Filipe II e de Filipe III) mas como desafronta em relação aos governadores portugueses do Reino. E o seu exílio não foi numa quinta para lá do Alfeite mas nas Índias Ocidentais.

Não sabia Alberto Freitas da Câmara, mas tinha-o sabido Garrett, e a ele alude na "Memória ao Conservatório Real" (1843), que havia já sido produzido um romance sobre o mesmo tema (1835), da autoria do escritor francês Ferdinand Denis (1798-1890), um estudioso da literatura portuguesa. Parece que a edição foi destruída por um incêndio, sendo praticamente impossível encontrar hoje um exemplar da obra”. Consultado em linha: http://domedioorienteeafins.blogspot.com/2019/03/frei-luis-de-sousa.html

Muito modesta encadernação com a lombada e cantos em percalina, sem qualquer dourado; aparo e com a capa frontal conservada. [miolo com acidez, mais abundante nas primeiras e últimas folhas]

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