GIL VICENTE, FLORESTA DE ENGANOS

NEMÉSIO, VITORINO [1941] GIL VICENTE, FLORESTA DE ENGANOS. LISBOA: EDITORIAL INQUÉRITO». LDª. DE 19X12 CM. COM 78, [2] PÁGS. E.

Edição original, integrada na série «Crítica e História Literária» dos Cadernos Inquérito.

“(…) Mas eu falo aqui sobretudo da compreensão de Gil Vicente, da consciência que tem havido em Portugal do sentido e valor da sua obra. A partir da justiça que lhe prestou o Romantismo, a nossa erudição apoderou-se dele; Fez dele uma querida carcassa. É claro que na história do entendimento e assimilação de um autor velho há sempre uma fase erudita, feita de sapa de arquivo. Brito Rebelo e Braancamp encheram honestamente a sua hora. Depois, D. Carolina Michaelis resolveu magistralmente vastos problemas de fontes, de bibliografia, de linguagem. (…) Mas a verdade é que a arqueologia Vicentina ainda tenta mais gente do que a leitura da obra. E estamos ainda no cartório à espera do milagre de um documentozinho. Ora, é preciso passar do cartório vicentino para a rua e para os campos; sair da Torre do Tombo para a Serra da Estrela”. [miolo amarelecido; capa de Fred Kradolfer com leve desgaste; lombada escurecida]