MULHERES, SEXUALIDADE E CASAMENTO NO ARQUIPÉLAGO DE S. TOMÉ E PRÍNCIPE, SÉCULOS XV A XVIII

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MULHERES, SEXUALIDADE E CASAMENTO NO ARQUIPÉLAGO DE S. TOMÉ E PRÍNCIPE, SÉCULOS XV A XVIII

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CALDEIRA, ARLINDO M. (1997) MULHERES, SEXUALIDADE E CASAMENTO NO ARQUIPÉLAGO DE S. TOMÉ E PRÍNCIPE, SÉCULOS XV A XVIII. LISBOA: GRUPO DE TRABALHO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO PARA AS COMEMORAÇÕES DOS DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES. DE 24X16 CM. COM 289 PÁGS. B.

“No final do século XV e início do XVI, os portugueses acreditaram ser possível instalar em São Tomé e Príncipe uma sociedade de tipo europeu e cristão, assente numa agricultura de exportação que utilizasse mão-de-obra Africana abundante e submissa, mão de obra que julgavam poder ser substituída a médio prazo, por trabalhadores mestiços. Todo o projeto começou a falhar desde muito cedo. Os europeus não se fixaram em número suficiente. O clima revelou-se particularmente impiedoso para os brancos. Os escravos não se mostravam submissos. A miscigenação não forneceu a mão de obra dócil e integrada que se esperava. A economia de plantação fracassou.

Cria-se, assim, uma sociedade extremamente complexa, que não dispõe de estruturas político administrativas com flexibilidade suficiente para se adaptarem a uma diversidade étnica e a uma mobilidade social sem paralelo no Antigo Regime. São as contradições daí decorrentes que tornam o arquipélago um epicentro de conflitualidade e dão origem, pela pressão das circunstâncias, a uma precoce elite crioula culturalmente europeizante mas já com características protonacionalistas.

Quanto à divisão sexual dos papéis sociais, a confluência das heranças Europeia e Africana produz uma sociedade profundamente androcêntrica, independentemente de, sobre o ponto de vista demográfico, ser maioritariamente feminina. Mulheres de diferentes cores de pele e de variedades estatutos acabam por ter em comum o facto de todas elas estarem sujeitas a um poder masculino discricionário, embora, naturalmente, com variações de intensidade que sentem de forma mais constrangedora na base da pirâmide”.

Transcreve em apêndice dezenas de documentos.

Nota: exemplar com alguns sublinhados a lápis; maculado na folha de guarda com dedicatória autógrafa de terceiros; com anotações a tinta na folha de rosto

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