O TANQUE E O JARDIM DO CLAUSTRO DOS JERÓNIMOS

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O TANQUE E O JARDIM DO CLAUSTRO DOS JERÓNIMOS

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FERREIRA, A. AURÉLIO DA COSTA (1913) O TANQUE E O JARDIM DO CLAUSTRO DOS JERÓNIMOS. COIMBRA: IMP. DA UNIVERSIDADE. DE 22X16 CM. COM 12 PÁGS. B.

Invulgar opúsculo sobre a destruição do jardim do Claustro dos Jerónimos, valorizado com dedicatória autógrafa do punho do autor.

“Quando vim para a direcção desta Casa, havia no meio do claustro, fóra das galerias, um jardim que ainda não há um ano mandei destruír. Várias razões a isso me levaram. Em primeiro logar, me pareceu que não estava muito de acordo com a arquitectura e origem do claustro. Em segundo, os seus canteiros e carreiros não deixavam facilmente os visitantes contemplar e admirar à vontade, e de várias partes, as maravilhas dêste rendilhado e variado cântico de pedra, que, sem exagêro, se pode dizer único no mundo. Em terceiro logar, sendo o claustro aproveitado para recreio dos alunos da Casa Pia, convinha pô-lo em condições de não servir apenas de recrei() coberto onde eles andassem, como aínda muitas vezes sucede, apinhados, incomodados, e até correndo risco por causa do lagêdo escorregadio ( 1 ), mas tambem servisse de recreio descoberto, preparando-se a meio dele um terreiro vasto, bem protegido, e fácil de policiar, como convêm áqueles que servem de logar de recreio para crianças. Em quarto e último logar, me moveu tambem a destruir o jardim do claustro, o·vêr que com vantagem para a administração dos jardins da Casa Pia, se suprimia um que bastante trabalho dava, sem nenhum lucro nos trazer.

Não ficam por aqui as minhas considerações sôbre o terreiro do claustro. Antes mesmo de mandar arrancar as plantas e destruir o jardim, procurei colher o maior número de elementos que fôsse possível obter para inteirar-me da história desta parte do Claustro, e nessas pesquizas encontrei documentos interessantes que, por estarem ainda inéditos e poderem aproveitar à história da Casa Pia e até à da indústria nacional, me resolvi a registar nestes apontamentos que aqui trago à luz da publicidade.

O jardim do claustro dos Jerónimos que eu mandei arrazar, foi pela primeira vez delineado no tempo e por ordem do ilustre Provedor José Maria Eugénio de Almeida, que no seu justamente afamado relatório, diz a pag. 48: c Arrancou-se o massame do lago, que estava no centro do claustro, depois de se terem feito e meditado as observações seguintes, que nem tantas eram precisas para se tomar aquela resolução.


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