| POESIA   PORTUGUESA ERÓTICA E SATÍRICA – Séculos XVIII-XIX. Selecção, prefácio e notas   de José Martins Garcia. [Lisboa]: Edições Afrodite. De19x14 cm. Com 371-[5]   págs. Ilust. B. Uma das muito estimadas edições de Fernando Ribeiro de Mello, ilustrada em   plena página com desenhos erótico-humorísticas de Henrique Manuel
 
 “A literatura erótica duma comunidade constitui a mais genuína expressão da   sua liberdade ou da sua frustração, da sua capacidade criadora ou da sua   inibição. No caso português, a linguagem relativamente livre da obra dum Gil   Vicente traduz uma concepção socio-cultural que a Inquisição não tolerou.   Para a Inquisição e para o privilégio católico-feudal que ela defendia, a   regra não podia deixar de ser a proscrição do «sexo». (…). O público não deve   ter acesso à miséria sexual daqueles que passam por excelentes mentores dos   povos. Neste jogo hipócrita que se prolonga até aos nossos dias, colaboram   moralistas de todos os escalões sociais, mesmo aqueles que, famintos de pão e   de parceiro sexual, emitem pareceres reprovadores, porque nem coragem têm de   sonhar a liberdade. (…)"
 
 Textos de: Caetano José da Silva Souto-Maior, Braz da Costa de Mendonça,   Abade de Jazente, Correia Garção, António Lobo de Carvalho, Cruz e Silva,   Filinto Elísio, Nicolau Tolentino, José Agostinho de Macedo, Bocage, Curvo   Semedo, Sebastião Xavier Botelho, João Vicente Pimentel Maldonado, José   Anselmo Correia Henriques, Pato Moniz, Pedro José Constâncio, Almeida   Garrett, António Maria Eusébio (Calafate), João de Deus, Guilherme de   Azevedo, Antero de Quental, Guilherme Braga, Gomes Leal, Guerra Junqueiro,   Cesário Verde, Xavier de Carvalho, António Nobre, José  Duro. [lombada com desgaste]
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