A PINTORA JOSEFA GRENO

ALDEMIRA, LUÍS VARELA (1951) A PINTORA JOSEFA GRENO: NOVA AUTÓPSIA DUM VELHO CASO. LISBOA: LIVRARIA PORTUGÁLIA. DE 26X18 CM. COM 316 PÁGS. ILUST. B.

Embora não sejam tão faladas como os homens, a História da Arte Portuguesa do final do século XIX e início do século XX também se fez de mulheres. Com os seus estilos de eleição, movimentaram-se por entre o mundo do Salão e das exposições, sendo também elas aclamadas por esses colegas. Josefa Greno (Medina-Sidonia, 1850 - Lisboa, 1902) foi uma delas. A história desta exímia pintora de naturezas-mortas é intensa e ainda hoje polémica, especial a sua morte.

O estudo de Varela Aldemira, um dos mais desenvolvidos que se fez sobre esta pintora de origem espanhola que casou com o pintor português Adolfo Greno (1854-1901), divide-se em duas vertentes: artística e pessoal. No plano artística segue a pintora nos anos em que esteve Paris e depois em Lisboa; no plano pessoal trata com maior demora dois acontecimentos dramáticas relacionadas com Josefa, factos que apaixonaram o povo e a impressa da época. Primeiro, a assassinato do marido por Josefa, a tiro de pistola; segundo, a morte de Josefa no hospital de Rilhafoles, dirigido pelo médico alienista Miguel Bombarda, poucos meses após o crime. Relativamente à morte ainda hoje não são coincidentes as opiniões; Varela Aldemira traz-nos a sua versão, dando ainda preciosas notas históricas sobre este caso passional que fez correr durante meses muita tinta nos prelos. [capa com desgaste e escurecida]