LOPES, JORGE COSTA (2010) AS POLÉMICAS DE VERGÍLIO FERREIRA E UMA ANTIPOLÉMICA OU POLÉMICA DO SILÊNCIO. LISBOA: DIFEL. DE 23X15 CM. COM 330, [6] PÁGS. B.
Uma reflexão sobre um dos capítulos menos estudados, até ao momento, da vasta bibliografia vergiliana: precisamente o das polémicas protagonizadas pelo autor de Carta ao Futuro. Adolfo Casais Monteiro, Alexandre Pinheiro Torres, um muito jovem estruturalista e neo-realista Eduardo Prado Coelho, Carlos Maia (pseudónimo do cónego de Évora, José Augusto Alegria), Mário Castrim, Baptista-Bastos, entre outros, são os principais nomes de uma extensa lista de opositores ou, como os dois últimos, de inimigos das letras que se confrontam no terreno da polémica literária com Vergílio Ferreira. Fernando Pessoa, o neo-realismo, a educação nos seminários em Manhã Submersa e uma Exposição Internacional de Arte, realizada em Évora, são os temas centrais que estão na origem das contendas literárias em que participa activamente, quase sempre isolado, o autor de Conta-Corrente. Analisam-se ainda as polémicas trasladadas para a ficção de Vergílio Ferreira e as controvérsias - que se contrapõem às polémicas pelo seu carácter benigno, de mero confronto de ideias, logo sem a habitual e acalorada troca de insultos - com Eduíno de Jesus e Mário Sacramento sobre, respectivamente, o não progresso da Arte e alienação estética e histórica. No último capítulo, Jorge Costa Lopes descreve o que chama de antipolémica ou polémica do silêncio mantida, na década de oitenta, entre o autor de Para Sempre e Fernando Namora, confrade e então seu amigo, antipolémica provocada por um verrinoso opúsculo ou auto de transgressão de Luiz Pacheco. Nele acusa Namora de ter trasladado frases inteiras do romance Aparição de Vergílio Ferreira para o seu Domingo à Tarde, publicado posteriormente e vencedor do Prémio José Lins do Rego.
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