ESTUDOS: CRONISTAS E CRÓNICAS ANTIGAS

BASTO, ARTUR MAGALHÃES DE (1960) ESTUDOS: CRONISTAS E CRÓNICAS ANTIGAS: FERNÃO LOPES E A «CRÓNICA DE 1419». COIMBRA: POR ORDEM DA UNIVERSIDADE. DE 22X15 CM. COM 566 PÁGS. B.

Reúnem-se neste volume algumas dezenas de estudos de vária ordem - desde comunicações apresentadas a Academias e Congressos, até pequenos trabalhos insertos em revistas e na imprensa diária - e escritos no decurso dum longo período de trinta anos.

Alguns dos trabalhos são de relevante importância na historiografia do século nomeadamente os dedicados à Crónica dos Cinco Reis e aos cronistas portugueses de quatrocentos. Alguns dos estudos: «Fernão Lopes e a reforma do Livro das Linhagens do Conde D. Pedro»; «Uma Crónica quatrocentista, inédita e anónima dos cinco Primeiros Reis de Portugal»; «O que resta da ‘Crónica de Portugal’»; «Qual a fonte de Camões para o episódio da morte de Inês de Castro?»; «Frei António Brandão, Rui de Pina e … a Crónica de Cinco Reis»; «Relações da vida dos Mártires de Marrocos», «Um raro serviço do tão mal julgado cronista Cristóvão Acenheiro».

Destacamos ainda pela sua importância o extenso estudo: «A tese de Damião de Góis em favor de Fernão Poles. A posição da Crónica de Cinco Reis em face dessa tese», criterioso e importante estudo onde é abordado com rigor histórico-científico a tese de Damião de Góis, que atribuí ao nosso primeiro cronista (Fernão Lopes) a redação da Terceira Crónica de D. João I, texto que teria sido parcialmente aproveitado por Gomes Eanes de Azurara, na Crónica da Tomada de Ceuta. É também alvo de aturado estudo e análise a tese do humanista, segundo a qual Fernão Lopes teria redigido também a Crónica de D. Duarte, plagiada e publicada por Rui de Pina.

Nota importante: capa com desgaste, vincos e acidez, tudo mais notado na lombada; corte das folhas com acidez e empoeiradas.