ORTIGÃO, RAMALHO (S. D.) AS FARPAS. TOMO II – AS EPÍSTOLAS. LISBOA: CLÁSSICA. DE 19X12 CM. COM 280 PÁGS. B.
"As Farpas. Tomo II – As Epístolas", coletânea de textos de crítica social escrita sob a forma de cartas fictícias dirigidas a diferentes figuras e sectores da sociedade portuguesa oitocentista. Através deste formato epistolar, o autor constrói um retrato mordaz e irónico do país, denunciando com acutilância a superficialidade das elites, a fragilidade do sistema educativo, o sensacionalismo da imprensa, a condição subalterna da mulher, a estagnação da política nacional e o contraste gritante entre o progresso da Europa e o atraso persistente em Portugal. Este tomo, já sem Eça de Queirós, marca uma fase mais didáctica e reformista do projecto As Farpas, mantendo, contudo, a elegância estilística e a lucidez crítica que caracterizam a série.
“As Farpas foram uma admirável caricatura da sociedade da época. Altamente críticos e irônicos, os artigos satirizavam, com muito humor à mistura, a imprensa e o jornalismo partidário ou banal; a Regeneração, e todas as suas repercussões, não só a nível político, mas também econômico, cultural, social e até moral; a religião e a fé católica; a mentalidade vigente, com a segregação do papel social da mulher; a literatura romântica, falsa e hipócrita. As Farpas eram um novo e inovador conceito de jornalismo - o jornalismo de ideias, de crítica social e cultural.”
Publicado na colecção: Obras completas de Ramalho Ortigão
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