BOLETIM DA DIRECÇÃO GERAL DOS EDIFÍCIOS E MONUMENTOS NACIONAIS.
N.º 99: MOSTEIRO DE LORVÃO. [LISBOA]: DIRECÇÃO GERAL DOS EDIFÍCIOS
E MONUMENTOS NACIONAIS, 1959. (COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO DE GRAVURAS E TEXTO NAS
OFICINAS DA «MARANUS» EMPRESA INDUSTRIAL GRÁFICA DO PORTO, L.DA). DE 26X20CM.
COM 36 PÁGS. [TEXT] & 36 FLS. [ESTAMP], & [13] FLS. DESD. PLANTAS. B.
Fonte riquíssima de informações sobre o Mosteiro de Lorvão, complexo
que remonta à data da primeira reconquista cristã de Coimbra, em 878 d.c.,
subsistindo, ainda, elementos arquitetónicos medievais, tais como capitéis
românicos nas capelas do claustro.
No século X era já importante o seu estatuto e dimensão, tendo
sido alvo de importantes remodelações e ampliação ao tempo de D. Afonso
Henriques. Em 1206 o mosteiro passou a ser feminino, cisterciense, com
profundas remodelações por ordem da infanta Beata Teresa de Portugal, filha de
D. Sancho I, e Rainha de Leão pelo seu casamento com D. Afonso IX de Leão. No
século XVI o claustro sofreu remodelações de gosto renascentista e
posteriormente todo o conjunto edificado foi objeto de importantes e
continuadas obras de cariz barroco, que lhe proporcionaram a imagem majestosa
que atualmente possui.
O trabalho permite igualmente acompanhar as linhas de orientação
seguidas no restauro desta Igreja promovido pela DGEMN na década de 50 do
século XX.
O Boletim organiza
a informação em quatro partes perfeitamente distintas. Inicia com uma “Notícia
Histórica”, que dá conta do contexto histórico da construção do
monumento; a segunda parte intitulada “Antes da Restauração”
procura definir a época original da construção do monumento e quais as
características que o mesmo teria; “As obras de Restauração”
é o título da terceira parte e como indica o nome, são enumerados os trabalhos
realizados.
O Boletim termina
com uma secção dedicada às “Estampas”, onde são mostradas diversas peças
gráficas do monumento. São apresentados desenhos rigorosos (alçados, plantas e
cortes) e suas componentes arquitetónicas antes e após as intervenções, assim
como belíssimas fotografias, de pormenor e de grande plano, impressas sobre
papel couché que procuram mostrar o antes, o durante e o depois das obras de
restauro. Por fim importa referir que não se encontram ao longo dos textos
quaisquer referências aos seus autores.
Com dedicatória manuscrita de oferta da DGEMN para Manuel Gomes de Araújo. general e político português (1897-1982). Ministro das Comunicações (1947-1958) durante o Estado Novo.
Nota:
capa levemente empoeirada.