O CRIME DO PADRE AMARO: SCENAS DA VIDA DEVOTA

QUEIRÓS, EÇA DE (S.D.) O CRIME DO PADRE AMARO: SCENAS DA VIDA DEVOTA. PORTO: LELLO & IRMÃO. DE 19X13 CM. COM 620 PÁGS. E.

Após uma primeira edição polémica, em 1875, com acesas críticas da Igreja e de plágio ao romance La Faute de l’Abbé Mouret de Émile Zola – ideia para a qual o título terá contribuído –, Eça de Queiroz publicou uma nova edição refundida e recomposta que viria a fixar definitivamente o texto. Antero de Quental escreveria em carta ao autor que O Crime do Padre Amaro “é o melhor exemplar de psicologia social portuguesa contemporânea”. Figura incontornável da literatura, Eça cria com as suas detalhadas descrições retratos admiráveis do Portugal oitocentista em forma ficcional. Considerado como o livro introdutório do realismo literário em Portugal, os amores proibidos de Amaro e Amélia são um documento humano e social, numa crítica à religião e à moralidade

Boa encadernação meia francesa com lombada e cantos em chagrin, assinada por Frederico d’Almeida, decorada a ouro nas pastas e lombada; corte da cabeça brunido a ouro fino e restantes margens por aparar; capas conservadas.

Nota: a capa frontal apresenta uma assinatura de posse de Henrique Queiroz com data de 1958. Pela excelência da encadernação cremos que Henrique Queiroz possa eventualmente ser um descendente do escritor.