A FARSA: RAUL BRANDÃO

BRANDÃO, RAÚL (1926) A FARSA. 2^A ED. PARIS: LISBOA: AILLAUD & BERTRAND. DE 18X11 CM. COM 211 PÁGS. E.

Publicada originalmente em 1903, “A Farsa” é, possivelmente, a obra de Raul Brandão que mais se aproxima da estrutura narrativa de um romance convencional. Não deixa, no entanto, à semelhança das outras obras do autor, de ser uma obra de carácter expressionista, marcada pelas correntes do Simbolismo e Decadentismo.

A obra mistura também elementos romanescos, trágicos, cómicos, farsantes e até líricos numa prosa marcadamente poética: “a água come as pedras, as lágrimas molham e desgastam as criaturas” – uma característica estilística usual em Raul Brandão.

Boa encadernação com lombada e cantos em carneira ao natural, saída das oficinas de Raúl d’Almeida, decorada com nervos, rótulos e ferros a ouro na lombada; com leve aparo em todos os cortes, o da cabeça carminado; capas preservadas, a frontal ilustrada por Stuart.

Nota: miolo amarelecido e com acidez nas primeiras folhas; duas assinatura de posse no rosto.