FAUVRELLE, NATÁLIA (2001) QUINTAS DE DOURO: AS ARQUITECTURAS DO VINHO DO PORTO. [S.L.]: GEHVID - GRUPO DE ESTUDOS DE HISTÓRIA DA VITICULTURA DURIENSE E DO VINHO DO PORTO. DE 23X15 CM. COM 231 P., [30] P. ILUST. B.
A edição publica a Dissertação de Mestrado em História da Arte em Portugal apresentada pela autora à Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
“A presente dissertação tem por objecto de estudo a quinta, propriedade fundamental na produção do vinho do Porto, que apenas pode ser elaborado dentro dos limites da Região Demarcada do Douro. Esta unidade geográfica, marcadamente rural ao longo da sua história, apresenta particularidades únicas que permitiram o aparecimento do vinho do Porto. Pareceu-nos importante conhecer, em primeiro lugar, as características físicas e o percurso histórico desta região, factores intrinsecamente ligados à sua arquitectura e essenciais para o seu entendimento.
A reflexão sobre a arquitectura da quinta foi realizada com base na investigação aprofundada de cinco exemplares de quintas. Estes estudos monográficos serviram-nos de apoio no entendimento das diversas formas arquitectónicas que encontrámos dentro da unidade-quinta: a arquitectura de habitação, a arquitectura de produção e a arquitectura da paisagem. Esta fragmentação da matéria de trabalho era necessária para que pudesse ser entendida como um todo, em que as diversas partes interagem. Pareceu-nos igualmente fundamental conhecer os sistemas construtivos e os respectivos materiais por forma a realçar o valor patrimonial que as estruturas de uma quinta potenciam.
O objectivo deste trabalho é pois o conhecimento das arquitecturas geradas pela produção do vinho do Porto, analisando o seu passado e a sua estrutura funcional, tendo também em consideração o seu estado actual e o seu valor patrimonial como documento histórico e cultural, cuja candidatura a Património da Humanidade da UNESCO foi recentemente proposta.
Em última análise, além do conhecimento destas arquitecturas, pretende-se o reconhecimento do seu inegável valor como património essencial para a distinção desta região dentro do país, e mesmo a nível internacional quando comparada com outras áreas de produção vinícola de montanha, contribuindo para a tomada de consciência das autoridades competentes da necessidade de salvaguarda, de preservação e de reabilitação das arquitecturas múltiplas quintas desta região.
Ilustrado.
Nota: capa com algum desgaste; carimbo a óleo de biblioteca particular sobre etiqueta colada na folha de guarda.
